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JOSÉ EUSTASIO RIVERA
( COLÔMBIA )
José Eustasio Rivera (19 de fevereiro de 1889 — 19 de fevereiro de 1928) foi um poeta e romancista colombiano que nas suas escritas denunciou de forma contundente os exploradores de borracha no norte da Amazónia.
Após uma tentativa frustrada de ser eleito para o Senado, foi nomeado Secretário Jurídico da Comissão de Fronteiras Colombo-Venezuela para determinar os limites com a Venezuela, onde teve a oportunidade de viajar pelas selvas, rios e montanhas colombianas, dando-lhe um experiência em primeira mão dos assuntos que ele escreveria mais tarde. Decepcionado com a falta de recursos oferecidos por seu governo para sua viagem, abandonou a comissão e continuou viajando por conta própria. Mais tarde, ele voltou à comissão, mas antes disso foi para o Brasil, onde conheceu a obra de importantes escritores brasileiros de sua época, principalmente Euclides da Cunha. Nesse empreendimento familiarizou-se com a vida nas planícies colombianas e com os problemas relacionados à extração de borracha na selva amazônica, assunto que seria central em sua obra principal, La vorágine (1924), agora considerado um dos romances mais importantes da história literária latino-americana. Para escrever este romance, ele leu extensivamente sobre a situação dos seringueiros na bacia amazônica.
Após o sucesso de seu romance, foi eleito, em 1925, membro da Comissão de Investigação de Relações Exteriores e Colonização. Ele também publicou vários artigos em jornais na Colômbia. Nessas peças, ele criticou irregularidades nos contratos governamentais e denunciou o abandono dos seringais da Colômbia e os maus-tratos aos trabalhadores. Ele também defendeu publicamente seu romance, que foi criticado por alguns críticos literários colombianos como muito poético. Essa crítica seria amplamente silenciada pelos amplos elogios que o romance estava recebendo em todos os outros lugares.
TEXTO EN ESPAÑOL - TEXTO EM PORTUGUÊS
ANTOLOGÍA: POESÍA COLOMBIANA E HISPANO-AMERICANA. Compilador Jaime García Maffla. Ilustraciones Natividad Murillo. Santa Fé de Bogotá: Panamericana Editora, 1997. 360 p. ilus. (Letras latinoamericanas) ISBN 978-958-30-0167-3 Ex. bibl. de Antonio Miranda
LOS POTROS
Atropellados, por la pampa suelta,
los raudos potros, en febril disputa,
hacen silbar sobre la sorda ruta,
los huracanes en su crin revuelta.
Atrás dejando la llanura envuelta
en polvo, alargan la cerviz enjuta,
y a su carrera retumbante y bruta,
cimbran los pindos y la palma esbelta.
Ya cuando cruzan el austral peñasco,
vibra un relincho por las altas rocas;
entonces paran el triunfante casco,
Resoplan, roncos, ante el sol violento,
y alzando en grupo las cabezas locas,
oyen llegar el retrasado viento.
TEXTO EM PORTUGUÊS
OS CAVALOS
Atropelados, pelo pampa solta,
os velozes cavalos, em febril disputa,
fazem assoviar sobre a surda rota,
os furacões em sua crina revolta.
Atrás deixando a planície envolta
em pó, alargam a nuca enxuta,
e a sua carreira retumbante e bruta,
timbram os pinheiros e a palmeira esbelta.
E quando cruzam o austral penhasco,
vibra um relincho pelas altas rochas;
então param o triunfante casco,
Bufam, roncos, ante o sol violento,
e elevando em grupo as cabeças brochas,
ouvem chegar o atrasado vento.
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Página publicada em dezembro de 2023
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